sábado, 8 de maio de 2010


Rossio, lugar de partidas, lugar de despedidas comoventes, onde pessoas partem e não se sabe se voltam. Rossio, uma estação que marca, pela quantidade de pessoas rotineiras que por ali passam. Rossio… a minha rotina feliz durante algum tempo.

De que vale falar dos momentos que passámos, de que vale falar das vezes sem conta que se poder fiz tudo para poder estar contigo nem que fossem apenas minutos vazios, onde nada acontecia, só para poder estar contigo, observar-te, para observar a maneira engraçada como proferias as palavras, para observar o sorriso bonito que tens, para observar a pessoa bonita que sabias ser. De que vale lembrar ou mesmo falar contigo sobre isso… quando tudo o que posso dizer de nada irá valer e quando falo, as respostas que obtenho só me fazem ficar mais confusa, mais perdida nas dúvidas que nem tu sabes responder.

Lembro-me da primeira vez que te conheci, foi no Chiado, no seio de pessoas amigas. Achei piada quando soube que conhecíamos pessoas em comum, isso foi a primeira coisa que me despertou atenção. Mais tarde, fui começando a falar contigo através da Internet, conversas onde se dizia o pouco que até então se podia dizer… Conversas que despertaram interesse para encontros e estes por sua vez, despertaram um interesse enorme em conhecer-te…

Lembro-me, como se fosse ontem, da primeira saída que tivemos, no Bairro Alto. Foi nessa noite que tudo se desenrolou, foi graças a essa noite que foram proporcionados 2 meses de alegria na minha vida. Estava bem com isso, muito bem! Até ao dia que tive que tomar uma decisão na minha vida, uma decisão que mudou, infelizmente, tudo. Não me arrependo de nada, acho que se tivesse que voltar a decidi-lo faria a mesma escolha de novo, porque sei que isto decidirá o meu futuro profissional e porque acredito plenamente que o que tiver que ser será, não será a distância que mudará alguma coisa e pelos vistos para ti “não era”. Lembro-me exactamente das mensagens e palavras que utilizaste quando determinaste pôr um ponto final, penso que foram as palavras que mais me custaram ler em quase toda a minha vida! Fiquei todo o dia com um nó na garganta, completamente sem saber que dizer, apenas me saiu um simples “Fizeste o que tinhas a fazer…”.

Espero que estejas bem, não falamos há algum tempo, pelo menos o "falar" no seu amplo sentido... não guardo más recordações.

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